terça-feira, 14 de maio de 2013

Viagens na minha Terra (dos sonhos)



Estou em dívida para com este meu cantinho... Ausentei-me por umas semanas, mas por uma causa maior. Ainda pensei em escrever do meu sítio de sonho, mas o jetlag e a excitação não mo permitiram. Todos nós temos "aquela viagem de sonho", e a minha é Nova Iorque. É claro que tenho outros destinos em mente, que anseio um dia concretizar, mas Nova Iorque é a terra dos filmes, quer de acção, quer de romance... Existem sempre cenas míticas rodadas naquela cidade, e garanto-vos, para quem ainda não experimentou a sensação, passear por aquelas ruas...é mesmo como nos filmes, mas com o bónus de experimentar-mos com todos os sentidos. Os cheiros (bom, a fastfood na sua grande maioria, mas daqueles que mesmo que não haja fome, ela aparece só de sentir aquele aroma.)!
O ritmo, as cores, os ecrãs publicitários...dei comigo parada em frente a um deles por largos minutos... Depois experimentei o síndrome do Japonês (que me perdoem os Japas, que eu gosto muito deles), porque queremos fotografar tudo, tudo! É tanta a informação que o medo de perder pitada é imenso!
Outra coisa engraçada, o C. já lá tinha ido por duas vezes, mas das duas vezes não andou, ou melhor, não palmilhou aquelas ruas todas a pé. Tínhamos menos de 24horas disponíveis para isso e por isso, fizemos uns valentes crosses pelas avenidas e ruas. Quero voltar! Quero tanto! E acho que deixei ao C. esse bichinho também. Partilhar uma experiência destas com quem amamos é do melhor, sem sombra de dúvida! Os meus cunhados, que são do best(!), esperaram-nos no aeroporto com Mustang conversível, o que tornou a experiência p'ra lá de fantástica, pois as fotografias ficaram "amaizing" à conta de conseguir apanhar os cumes dos arranha-céus. Enfim, podia fazer vários post's sobre esta incrível experiência. Logo de seguida rumámos a Dallas, outro sonho de cidade, aí, como o tempo foi maior, deu para visitar dois museus, passar por várias localidades e... A Terra dos Cowboys! Garanto-vos, aquela coisa das botas...nunca achei grande piada...até lá ir... O problema foi passar a deseja-las e elas serem "too expensive" para a minha conta bancária, para além de que mesmo que não fossem muito caritas, os modelos são tãããão giros, que não me ia conseguir vir embora só com um par, porque é impossível decidir quais as mais "amaizing".
Outro problema que me assiste de momento, é utilizar expressões americanas... É que duas semanas nisto e uma pessoa sai de lá a dizer "it's amaizing" por tudo e por nada...
O pior mesmo de tudo, é que lá se foi a dieta (e eu que até estava no bom caminho)... Hamburguers e Chiken Fil'A, mais as Rips grelhadas, Saladas César com molhanga, coockies antes de dormir entre outras, desgraçaram-me a linha, conclusão: saladinha e sopinha para o resto do ano, e já gozo! Oh God!
Ah aprendi duas coisas : In Texas, everything is Big, and, Don't mess with Texas! 
EUA rules baby!

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Hoje fala-se de Amor

Durante a nossa vida, são vários os momentos em que pensamos sobre o assunto. Na adolescência surgem as primeiras tiradas filosóficas sobre "o que é o amor", mesmo quem sempre foi uma nódoa na disciplina (como é o meu caso...um dia ainda escrevo um post sobre esse episódio/pesadelo/filme de terror que foi a Filosofia na minha vida)no que toca ao assunto Amor,fomos todos grandes filósofos.
Antes de divagar sobre o assunto, fui à procura de matéria... Eis o que encontrei:
"Amor, é o nível ou grau de responsabilidade, utilidade e prazer com que lidamos com as coisas e pessoas que conhecemos. 
A palavra amor (do latim amor) presta-se a múltiplos significados na língua portuguesa. Pode significar afeiçãocompaixão,misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc. O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e enviar os estímulos sensoriais e psicológicos necessários para a sua manutenção e motivação. É tido por muitos como a maior de todas conquistas do ser. (in Wikipédia)

Portanto, uma "ganda confusão"... 
Na minha ainda curta existência, tenho aprendido que o Amor é algo mutante... Vai-se alterando ao sabor do tempo, e sobretudo ao sabor do ambiente em que cresce, se desenvolve e vive...às vezes deixam-no morrer...sim, leram bem, o Amor não morre sozinho, não é suicida. 
O Amor quando acaba, significa que os seres que dele eram encarregues de cuidar e alimentar foram uns grandes incompetentes, e tal qual como flor no vaso que não é tratada, morre.
Já perceberam que não me refiro ao amor incondicional de pais e filhos. 
Falo do Amor de uma vida (elas há que têm 2,3 Amores no seu decorrer).
Sou uma verdadeira caloira no que toca a este assunto... Seis meses volvidos desde que me comprometi a viver em função do Amor, aliás eu e o C. Mas caloira também aprende, e às vezes também "risca". E o que eu já aprendi sobre este assunto...
Ficava muito confusa quando ouvia dizer que o casamento não é fácil... E pensava "bolas, se é tão difícil, porque é que continuam a casar?" Cusca como só eu, lá fui eu também experimentar...(agora é altura de dizer: pai, mãe, não se assustem, está tudo bem!)
E que grande trapalhada que é o Amor... Não existem formulas mágicas, nem dicas perfeitas... O Amor magoa, cega, faz rir... O Amor não escolhe o momento perfeito, e o casamento é feito de surpresas..as boas guardamos, as más são para aprender e não voltar a passar por elas.
Hoje, seis meses depois, sorrio ao lembrar-me dos primeiros choques que tive por partilhar a minha vida com o C., que coitado também foi tendo os seus... Hoje sei que nem todos os dias são bons, e quando assim é, aguardo serenamente pelo dia seguinte, que será com toda a certeza melhor do que o de hoje.
Penso que cada casal tem os seus rituais diários, pequenos gestos que demonstram o quanto o Amor é precioso para si, e nós não somos excepção. Não precisamos de palavras para o demonstrar e fico impressionada com tal grandeza...eu que falo pelos cotovelos... Não preciso de tagarelar nesse momento...fantástico!
Escolhi escrever este texto, porque hoje uma pessoa partilhou comigo um momento lindo da sua vida...esperou tanto para o fazer, e conseguiu...chama-lhe milagre,eu, chamo-lhe Amor.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Vozes que marcam

Hoje é o dia Mundial da Voz.
Quando penso numa voz que me marcou tenho dúvidas em escolher, pois existem várias... A primeira, a que distingo sem hesitar é a da minha mãe... Todos nós reconhecemos desde o primeiro minuto de vida a voz materna, aquela que nos acalma e conforta. Mais para a frente é a que nos atormenta com sermões intermináveis sobre tudo e mais alguma coisa, e depois há aquele célebre chamar por nós (no meu caso com o nome composto), acusa que "estamos em maus lençóis"...
Mas para além desta, vem-me à memória uma outra, que desde que me lembro também faz parte do meu imaginário de Voz, e guardo na memória viagens intermináveis, insónias (coisa que desde muito cedo me afecta), mais para a frente noitadas de estudo com a famosa voz como pano de fundo, primeiro ouvia-se o barulho das ondas...depois o canto de uma baleia e um saxofone até que a frase surgia "Oceano Pacífico". João Chaves e a sua voz grave...segura e tão envolvente. Com grande pena minha esta voz já não diz esta frase nem outras neste programa, mas sem dúvida que dificilmente me esquecerei dela.
E por aí? Que voz mais vos marcou?

Uma Meta com um sabor amargo...

Ontem, enquanto escrevia o meu primeiro post neste blog, entrou pela sala, através da televisão, a noticia das explosões em Boston.
Fiquei atónica... Primeiro pelo acto em si, hediondo como só ele poderia ser, depois pela situação em si, o local escolhido, e o evento em questão...
Mas será possível?! Confesso que não sou uma aficcionada de maratonas, mas desde há cinco anos que corro regularmente, sempre que consigo, e ja experimentei a sensação de participar nalgumas provas, e garanto-vos, o espirito que se vive, não combina de todo com esta tragédia. Quem nunca participou, aconselho vivamente a fazê-lo, mesmo que só o faça caminhando, pois o ambiente é para lá de saudável. 
Não consigo imaginar o que os atletas viveram ontem ao presenciarem um pesadelo daqueles, existe uma imagem em slowmotion que ao mesmo tempo em que se dá a primeira explosão, há um atleta que ao assustar-se, torce o pé direito e seguidamente o esquerdo e cai no chão, rebolando e ficando deitado de costas para o asfalto, a imagem impressionou-me, pois não fui capaz de olhar para a explosão em si, e aquela queda prendeu-me a atenção...não sei explicar o porquê, mas doeu ver aquele atleta desamparado, porque todos correram em direcção ao local da explosão e o pobre atleta permaneceu sozinho, certamente cheio de dores...

Hoje mais pormenores, dizem as notícias que são 3 vidas que se perderam, e 140 feridos, entre os quais dezenas de mutilados. Não sou nada dada a sensacionalismos, e não era de todo minha intenção que o meu segundo post fosse sobre um trágico final de maratona, para alguns um trágico fim de vida, para muitos o pior dia das suas vidas.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

As Bolas de Berlim e eu

Bom, nem sei bem como é que isto vai correr... Mas há muito que andava com muita vontade de criar algo onde pudesse explorar aquilo que sempre, e desde muito cedo, me dá imenso gozo, escrever!
O primeiro passo está dado, criei este blog, e timidamente convido os meus amigos a lê-lo, o vosso feedback é essencial...
O nome do blog saiu facilmente... Bolas de Berlim... para mim são SEMPRE sem creme. Desde que me conheço que o creme nas Bolas de Berlim não combinam comigo... Mas já as deliciosas Bolas sim! Antes de ter o  prazer de me deleitar com uma Bola na praia, comecei por consumir as Bolas de Berlim dos Pasteis de Sto. António (Costa de Caparica) e ainda hoje são uma perdição...aquele maravilhoso cheirinho que nos inunda os sentidos quando entramos na pastelaria é qualquer coisa de fenomenal, e deixa-me inquieta... Pois como boa mulher que se preocupa com a linha, essa inquietação resulta na minha luta interior entre o meu "eu" saudável e o guloso, que se debatem até ao fim, para ver quem "leva a melhor". Já tenho resistido inúmeras  vezes, mas confesso que me é tremendamente difícil, talvez por isso me desforre na Praia de Cabanas, e quando vejo o homem das cestas... Lá vai uma Bolinha para a Fefas... Já cheguei a ficar ansiosa quando num dia de praia o raio do homem não dá sinal de vida... Pronto, assumi a minha fraqueza! Afinal, sei que todos temos uma...a minha são as Bolas de Berlim...sem Creme!
Não sei se por ironia do destino, vim há seis meses viver para o Funchal, e digo-vos uma coisa, aqui acham que as bolas de Berlim podem ter a forma de Bolicaus, e encharca-las com recheio de doce de ovos ou de chocolate... E eu ando a ressacar, porque Bolas como as dos Pasteis, ou de Cabanas, não encontro por cá! 
Estou a pensar em recompensar imensamente a primeira pessoa que me vier visitar e na bagagem me trouxer uma Bola...de Berlim...sem Creme!